Sai da frente! Nubank deve ultrapassar Santander em compras no cartão no segundo trimestre

Analistas do Goldman Sachs veem Nubank dobrando sua participação em transações com cartões no Brasil num intervalo inferior a dois anos

O Nubank não tem lucro, não tem retorno sobre o patrimônio, mas ele tem o povo. E o povo está usando e abusando dos cartões de crédito e débito.

Por esse motivo, o Goldman Sachs acredita que o Nubank pode alcançar mais uma marca impressionante. Nas projeções dos analistas, o volume de transações com o cartão roxo da fintech deve ultrapassar as feitas com os cartões vermelhos do Santander Brasil (SANB11).

Os analistas projetam que o Nubank deva alcançar 12,3% do mercado de transações com cartões no segundo trimestre de 2022, acima dos 10,8% estimados para o Santander.

Lembrando que o Nubank publica o balanço referente aos meses de abril a junho no dia 15 de agosto. O Santander abriu a temporada de resultados dos grandes bancos na semana passada e registrou queda no lucro.

Caso essa taxa se concretize, o Nubank terá quase dobrado sua participação em transações com cartões no Brasil num intervalo inferior a dois anos.


Confira os números:

Banco4T201T212T213T214T211T222T22E
ITAÚ24,9%24,8%24,8%24,5%24,5%23,7%23,8%
BRADESCO16,7%18,1%17,6%15,9%15,0%15,0%15,5%
SANTANDER12,1%12,0%12,0%11,7%11,8%11,1%10,8%
BANCO DO BRASIL14,8%14,7%14,5%14,7%14,5%13,6%13,2%
NUBANK6,3%7,7%8,3%9,8%10,4%10,1%12,3%
INTER1,2%1,4%1,6%1,7%1,9%1,9%2,1%
OUTROS24,0%21,3%21,3%21,6%22,0%24,6%22,3%
Fonte: ABECSBanco Central do Brasil, Goldman Sachs Global Investment Research, dados das companhias

Em se tratando exclusivamente do mercado de cartões de crédito, ainda não será dessa vez que o Nubank ultrapassará um dos grandes bancos. Mas parece que é apenas questão de tempo.

De acordo com as projeções do Goldman Sachs, o Nubank deve atingir 9,6% desse mercado no segundo trimestre, enquanto o Santander deve ficar com 10,2%. Mas vale ressaltar que, ao mesmo tempo que o Nubank vem aumentando sua participação, os grandes bancos estão reduzindo.


Inadimplência do Nubank deve seguir em alta

Esse crescimento acelerado é fonte de preocupação de outros analistas pelo principal efeito colateral: o aumento da inadimplência. Mas o avanço dos calotes dos clientes do Nubank não tira o sono do Goldman Sachs.

O banco projeta aumento de 0,7 ponto percentual no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses do ano devido à “normalização do ciclo de crédito no Brasil”.

Isso significaria uma taxa de inadimplência de 4,9% no segundo trimestre, um aumento de 2,04 pontos percentuais na comparação com o mesmo período de 2021. Ainda assim, o Goldman Sachs considera o número “administrável”.

Para a ação do Nubank, o Goldman Sachs tem recomendação de compra e calcula um preço-alvo de US$ 11, o que representa potencial de ganho de 171,6% de alta em relação ao fechamento de ontem (1).

No pregão de hoje, as ações do banco digital são negociadas em alta de 2,47%, a US$ 4,15.

As informações acima procedem do site seudinheiro.


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