Exclusivo! CPI conclui que a 123 Milhas operava no vermelho 4 anos antes de pedir recuperação judicial. Ainda assim é acusada de pirâmide financeira. O Fim chegou mesmo.

O relator da comissão, deputado Ricardo Silva, avalia que não há dúvidas de que a empresa funcionou como uma pirâmide financeira, em que as passagens de clientes mais antigos eram pagas com o dinheiro arrecadado pelas novas compras.

O relatório da Polícia Federal mostrou que a 123 Milhas vendia “hoje” para pagar “amanhã”, apostando em preços que não estavam sob o seu arbítrio e escolha. O relator argumenta, ainda, que a empresa vendia viagens para dois ou três anos à frente, datas em que as companhias áreas sequer haviam começado a oferecer passagens. Um dos sócios, Ramiro Madureira, prestou depoimento à CPI em setembro.

“Paris, ida e volta, R$ 969. Roma, R$ 912. Como o senhor explica isso?”, questionou o deputado Ricardo Silva, do PSD-SP.

“Gostaria de voltar aqui, novamente, nas premissas dessa linha promocional que seria, primeiro: o momento correto de emissão da passagem que a gente conseguiria um preço mais barato. Essa é a um. Premissa dois: a redução do marketing da empresa ajudaria a custear essa diferença para essa linha promocional. Terceiro: várias pessoas acessando a 123 Milhas com essas promoções trouxeram outras receitas adicionais e marginais”, respondeu Ramiro Madureira, sócio da 123 Milhas, na ocasião.

A Polícia Federal analisou onze contas bancárias da empresa. De janeiro de 2019 a agosto de 2023, as operações financeiras das contas somam R$ 46 bilhões. No relatório, a PF concluiu que há indícios substanciais de inviabilidade econômica na atividade da 123 Milhas, visto que opera com saldo negativo desde, ao menos, o ano de 2019; e de que não há capital de giro no caixa para honrar os compromissos assumidos sem que haja contínua assunção de novos compromissos, de modo que o colapso, dadas as mesmas circunstâncias, seria inexorável.

No mês de agosto centenas de consumidores insatisfeitos formavam longas filas na sede da 123 Milhas em Belo Horizonte, bem como em diversos postos da Defensoria Pública e aeroportos. Em um ambiente de crise econômica, a agência interrompeu a emissão de bilhetes promocionais de viagens e estadias em hotéis sem a escolha de datas e horárias. O fim dessa promoção resultou em milhares de pagantes que não conseguiram realizar suas viagens.

A situação vergonhosa levou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras da Câmara dos Deputados a investigar a 123 Milhas. O relator da CPI, deputado Ricardo Silva, do PSD, constatou indícios de que a empresa atuava como uma pirâmide financeira, uma vez que os novos pagamentos eram utilizados para custear as viagens dos clientes mais antigos.

A prática arriscada da 123 Milhas

A Polícia Federal também investigou a empresa e revelou em um relatório que a 123 Milhas tinha um modelo de negócio perigoso. A empresa aérea vendia passagens “hoje” para pagar “amanhã”, contando com preços que estavam além de seu controle e escolha. Além disso, a empresa vendia viagens para dois ou três anos à frente, data em que as companhias aéreas sequer iniciaram a venda de passagens.

Questionamentos na CPI

Em um certo momento, o deputado Ricardo Silva questionou Ramiro Madureira, um dos sócios da empresa, sobre como a empresa conseguia oferecer preços tão baixos em trechos populares, como “Paris, ida e volta, R$ 969. Roma, R$ 912”. O sócio justificou a prática com base em três premissas: momento correto de emissão da passagem, redução de marketing e receitas adicionais trazidas por várias pessoas acessando a 123 Milhas.

Análise Financeira da Polícia Federal

A Polícia Federal fez um levantamento em onze contas bancárias da empresa e observou que, de janeiro de 2019 a agosto de 2023, as operações financeiras das contas somam R$ 46 bilhões. O relatório apontou que há indícios de inviabilidade econômica na atividade da 123 Milhas, pois a empresa opera com saldo negativo desde, pelo menos, o ano de 2019.

Portanto, a saga da 123 Milhas ainda não chegou ao fim. A empresa está sendo investigada pelo Ministério Público e pela Polícia Civil de Minas Gerais. Além disso, acredita-se que na próxima segunda-feira (9), o relator da CPI entregará o parecer final sobre as acusações. A 123 Milhas porém, nega veementemente todas acusações de ser uma pirâmide financeira e promete colaborar com as autoridades para criar um plano de recuperação e voltar as atividades.

Divulgação o Globo click aqui


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