No período, a receita líquida da empresa cresceu 130,5%, para R$ 3,92 bilhões, um
recorde histórico em um período sazonalmente mais fraco
A companhia aérea Azul viu o tráfego de passageiros saltar no segundo trimestre de 2022 em comparação com o ano anterior, reflexo do fim das restrições impostas
pela pandemia. No período, a receita líquida da empresa cresceu 130,5%, para R$
3,92 bilhões, um recorde histórico em um período sazonalmente mais fraco.
O resultado porém, foi afetado pelo aumento dos custos e despesas, em especial o
preço do combustível.
No segundo trimestre, a empresa reverteu o lucro líquido de R$ 1,16 bilhão atribuído
os controladores no mesmo intervalo de 2021 e reportou um prejuízo de R$ 2,48
bilhões. Considerando ajustes, o prejuízo líquido caiu 39,4% em comparação ao
mesmo período de 2021, ficando em R$ 72,4 milhões.
A companhia reverteu o resultado negativo antes de juros, impostos, depreciação e
amortização (Ebitda, na sigla em inglês) que havia registrado no segundo trimestre
de 2021 e atingiu R$ 614,6 milhões positivos em 2022, com uma margem de 15,7%,
Adicionando os ganhos de hedge de combustível no trimestre de R$ 265,0 milhões,
0 Ebitda teria sido de R$ 879,6 milhões, 20% acima do segundo trimestre de 2019, e
representando uma margem de 22,4%, observa a companhia.
O lucro operacional foi de R$ 136,5 milhões no trimestre, ante um prejuízo de R$ 400
milhões de um ano antes. A margem ficou em 3,5% — era de -23,5% no segundo
trimestre de 2021.
“O Prask [receita de passageiros por assentos-quilômetros oferecidos] aumentou
57,3% em comparação ao segundo trimestre e 19,8% em comparação ao segundo
trimestre de 2019, impulsionado por Yields’ mais altos, principalmente devido à
nossa gestão racional da capacidade e às vantagens competitivas sustentáveis de
nosso modelo de negócios, o que nos permitiu continuar a aumentar tarifas para
compensar os preços recorde do combustível”, escreve a empresa.
Essa é uma linha importante do balanço, pois combustível é um dos principais
custos da operação de uma companhia aérea. No segundo trimestre, o custo com
combustível de aviação saltou 179% no segundo trimestre, para R$ 1,70 bilhão. O
preço médio por litro passou de R$ 3,15, para R$ 5,69, um aumento de 80,9%.
Entradas de caixa
As entradas de caixa operacionais da Azul superaram em R$ 2,1 bilhões as saídas de
caixa operacionais e a companhia conseguiu reduzir sua alavancagem.
A liquidez total permaneceu em R$ 7 bilhões, e a companhia encerrou o trimestre
com R$ 4 bilhões em liquidez imediata, um aumento de R$ 530 milhões.
A dívida bruta aumentou 8,2%, para R$ 21,73 bilhões em comparação com o
primeiro trimestre do ano, principalmente devido à depreciação de 10,6% do real, e
R$151,7 milhões relacionados a novas aeronaves e motores que entraram na frota
no trimestre, compensados pelo pagamento de empréstimos e reembolsos de
leasing de R$ 1,2 bilhão.
“Reduzimos nossa alavancagem em 1,5 ponto no trimestre para 6,2 vezes, e temos a
menor alavancagem entre nossos competidores, mesmo sob diferentes
metodologias como o uso de 7 vezes aluguel para capitalizar arrendamentos,
Continuamos confiantes em nossa capacidade de continuar nossa desalavancagem durante os próximos trimestres”, escreveu John Rodgerson, presidente da companhia, no relatório de resultados.
A companhia espera que sua alavancagem chegue a 5 vezes até o fim de 2022, 4
vezes até o fim de 2023 e 3 vezes em 2024.
O executivo diz que o “cenário macroeconômico é animador” e afirma estar otimista
para as oportunidades de receita no segundo semestre, período sazonalmente mais
forte. “O que deverá nos dar um grande impulso para um 2023 muito mais
lucrativo”, escreve.
O resultado porém, foi afetado pelo aumento dos custos e despesas, em especial o preço do combustível.
As informações acima procedem do site Valor Econômico.
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